terça-feira, 5 de novembro de 2013

Regresso à normalidade... ou talvez não!

Definitivamente, 2013 não é o meu ano. Quando pensava que a tempestade tinha dado lugar à bonança, eis que surgiu um novo contratempo. Estas coisas acontecem quando menos esperamos e a minha enfermeira, super mãe das minhas três princesas, teve de ser operada de urgência ao apêndice.

Posso dizer que esta súbita doença foi um enorme teste à minha condição de pai. Apesar de me orgulhar de ser um pai presente, tem sido a mãe quem tem assumido as rédeas desta aventura que é ter três filhas, duas delas gémeas. De um momento para o outro, tive de sair da minha zona de conforto e assumir a enorme responsabilidade de tomar conta das miúdas. Tive a sorte de contar com a ajuda de muitos familiares e amigos e a M. ficou mesmo em casa dos avós. Tive "apenas" de me preocupar com as gémeas e penso que dei conta do recado. Contudo, confesso que estas três noites sem a super mãe foram complicadas.

A determinada altura lembrei-me do filme "Três homens e um bebé". Já é muito antigo e retrata a história de um bebé abandonado à porta de um apartamento onde moram três homens solteiros que demonstram uma total incapacidade para tomar conta dele. No meu caso, a situação era bem pior pois tratavam-se de dois bebés e apenas um homem... Porém, não houve motivos para alarme. As bebés são tranquilas e acabaram por não dar grandes dores de cabeça. No entanto, nada como ter a mãe por perto. Se é que me entendem...

A mãe regressou do hospital ainda bastante combalida e não tive outra hipótese senão estar de serviço no fim-de-semana. Sem empregada e com a esposa de "molho", tive de fazer diversas coisas que não estou habituado como: dar a sopa, a papa, o biberão, o banho, vesti-las, etc. Um sem número de actividades que se tornam muito dificeis principalmente porque são... a dobrar. Sem dúvida, um exercício muito interessante e um enorme teste à minha sanidade mental. A que menos gostei foi a de dar sopa, já que requer uma enorme dose de paciência e algum jeito. O que vale é que mesmo adoentada, a super mãe já fez algumas destas actividades no Domingo... O pai agradeceu.

Este revés serviu para eu perceber como o pai é importante neste processo. Nenhum pai se devia demitir destas tarefas pois as mesmas são fundamentais para a criação de uma relação ainda mais forte entre pai e filhos. Reconheço que não é fácil mas, apesar de todo o infortúnio, sinto que estes dias contribuíram e muito para o fortalecimento dos laços familiares.

1 comentário:

  1. Como se diz "Há males que veem por bem"( embora os males pudessem ser menos males), é sempre importante testar todas as nossas capacidades e conseguir superá-las. Tornamo-nos mais fortes, ficamos a saber que conseguimos.

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